No livro A escrita, Flusser conta de forma sintética a passagem da cultura oral, que ele considera circular e mágica, à cultura escrita. Para ele, esta passagem está marcada na linearização da escrita. As palavras são literalmente cortadas em linhas que se sucedem. O disco é um retorno à circularidade da cultura oral. Não porque o som substitui a escrita, apenas. Porque as linhas retas da página linear tornam-se curvas e o giro da agulha em espiral rumo ao centro do disco substitui o passar dos olhos por parágrafos que levam ao final da página e na quebra do códice ao alto da página seguinte.