O termo mescla pode ser aplicado a um grande escopo de processos de mistura. Inclusive, ele foi aplicado em certos contextos como um sinônimo do termo híbrido, que desde os anos 1980 vem sendo adotado para pensar convergências e sobreposições entre linguagens e culturas, como resultado dos acontecimentos de recusa das especificidades, particularizamos e outros valores positivos com sentido de pureza, posteriores especialmente aos anos 1960.
Esse debate sobre a maneira como a vida nas cidades e o uso de equipamentos que permitem aproximar distâncias reaparece de várias formas e em diversos momentos desde o final do século 19, em um pêndulo de endosso e rechaço que marca a oscilação entre os momentos mais progressistas e conservadores marcantes do clima de guerras dos mundos moderno e contemporâneo.
Um aspecto mais recente do tema aparece no livro de Peter Anders, Envisioning Cyberspace: Designing 3D Electronic Spaces. Ele que virá formular o conceito de arquitetura cíbrida, conforme a imagem no início deste texto, que ilustra os tipos de espaço possíveis nas relações entre elementos físicos e digitais (distintos, congruentes e sobrepostos).
Ao abordar o tema das pontes como um fio condutor que permite ligar artistas e períodos das artes modernas e contemporâneas pelo exame dos elos que aparecem como tema, depois como procedimento, este texto oferece um contexto a partir do qual se pode pensar o conceito de mescla e sua versão mais recente como cíbrido de forma mais ampla.
Cíbrido: integrando dois tipos de espaço
“Historically [from the perspective of 1998] our information has been mostly physical /…/ However, as we are all too aware, information infrastructures are becoming increasingly transparent, transmuted into electronic signals and screen displays”
O memex como um ponto-de-virada
“Despite their differences, physical and cyberspaces operate on similar anthropic principles. The reciprocity between these spaces can lead to objects that straddle both modes of being.”
A metáfora do espaço x Ambiente lógico “sem geografia”
Geocities
Second Life
Xanadu (Ted Nelson)
“Cyberspace should not merely mimic spaces that might otherwise have been built”
(Murray e os formatos aditivos)
“Unlike their dynamic, cultural context, physical buildings themselves are inert”
“Representing Cyberspace”
Metáforas
Continuidade Espacial