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09 Dec 2017 at 17:32 #5144marcus bastosKeymaster
postado originalmente 11 de dezembro de 2012
Durante o desenvolvimento de HO: city lights, composição audiovisual iniciada em parceria com Wilson Sukorski, um dos caminhos pesquisados foi o uso do MAX/Jitter para criar cenas em trânsito entre o figurativo e o abstrato. O resultado é o patch compartilhado aqui, versão 0.4 de uma proposta mais complexa que acabou não sendo levada adiante.
Tem coisas que se aprende adotando caminhos que não são necessariamente os mais adequados para o problema proposto. No caso deste patch tudo se resume a uma descoberta óbvia, mas tardia: os objetos lcd e jit.window não lidam com os mesmo fluxos de dados. Esta descoberta aconteceu depois de uma pesquisa relativamente longa sobre as possibilidades de procedural drawing (especialmente os conteúdos que estão no Tutorial 11 da documentação do MAX).
O objetivo era fazer com que o patch pudesse passar das primitivas 2-D que ele gera, para imagens 3-D — mas com a “não conversa” entre lcd e jit.window, ficou claro que isto era impossível simplesmente “ampliando” os recursos do patch. Em todo caso, o material desenvolvido foi importante, e permite uma boa introdução às possibilidades de procedural drawing no MAX, e sobre como organizar os fluxos de dados (controle de fluxo e uso de abstrações, por exemplo) e patches em geral.
Outro assunto relacionado a este projeto, é a forma de construção e execução da cena inicial de HO City Lights com este patch. Visando registrar alguns resultados possíveis, e também propor uma dramaturgia mínima, foram criadas telas indicativas das partes da cena. Este tipo de indicação tem várias funções, e alguns compositores de peças audiovisuais criam partituras bastante completas, com este objetivo (ver, por exemplo, Refractive Composition for Live Audio and Video, de Ana Carvalho):
(1) ajuda a criar um discurso coerente a partir do repertório de recursos existentes; isto não diminui a quantidade de “improviso” no momento de apresentar o trabalho, mas permite um domínio mais sólido das possibilidades disponíveis;
(2) permite que o trabalho seja apresentado por vários performers, a partir das indicações feitas; uma das coisas interessantes de pensar é que isto pode fomentar no circuito de performance audiovisual a prática da interpretação (nos festivais de música contemporânea, por exemplo, é bastante comum os programas incluírem peças de um determinado compositor, interpretadas por outro músico; em performance, isto ainda não acontece, e poderia ser uma maneira bastante interessante de fazer os repertórios circularem e as pessoas conhecerem uma quantidade maior de trabalhos)
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HO: city lights, tema 4(a) o abstrato evoca o figurativo
(b) o figurativo se desfaz em abstrações
ruídos corroem a cidade (vertical e horizontal)
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Cités _excerpt from Myriam Boucher on Vimeo.
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