passado, presente e futuro das cidades: como as mídias portáteis podem redesenhar o urbanismo

publicado originalmente na revista online do arte.mov – Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis http://bit.ly/164LQB3

Capa de De Motu Cordis, livro de William Harvey que estuda o movimento sanguíneo: circulação pode ser entendida em sentido amplo, pois refere-se tanto ao deslocamento das células pelo corpo quanto ao trânsito dos corpos pela cidade

“Ao pensar a cidade como imã, ou como escrita, não paramos de relembrar que construir e morar em cidades implica necesariamente viver de forma coletiva”
(Raquel Rolnik, no livro O que é Cidade)

Em Corpo e Pedra — O Corpo e a Cidade na Civilização Ocidental, Richard Sennet aborda um aspecto sutil do surgimento da Idade Moderna, que permite um chave de leitura curiosa para o conceito de mobilidade. Naquela época, pela primeira vez, a ciência médica percebeu que o corpo não apenas desloca-se, mas também tem fluxos internos: por “mais de dois mil anos a ciência médica aceitou os princípios relativos ao calor do corpo que governaram a Atenas de Péricles. Santificado pelo peso da longa tradição, parecia certo que esse calor inato explicava as diferenças entre homens e mulheres, assim como entre seres humanos e animais. Como o surgimento da obra de William Harvey, De motu cordis, em 1628, essa certeza foi abalada. Por meio de suas descobertas sobre a circulação do sangue, Harvey deu início a uma revolução científica que mudou a compreensão do corpo”. Sennet considera que a partir deste momento surge o indivíduo moderno que “é, acima de tudo, um ser humano móvel”. Os movimentos internos do corpo reverberam no fluxo populacional: não apenas a circulação sanguínea, mas também as naus circulando mares afora marcam este início de modernidade em que o deslocamento torna-se imperativo.

Ao final do ciclo Moderno, a mobilidade parece ser um aspecto de continuidade entre épocas em outros aspectos bastante diferentes. Mas, provavelmente, os diferentes entendimentos do conceito de mobilidade são também indicadores das diferenças entre um momento e outro. Os fluxos contemporâneos são de outra ordem, menos ligados à aventuras e descobertas marítimas e marcantes. O trânsito ao redor do Globo tornou-se principalmente aéreo. Além disso, o ar também torna-se mídia de transmissão e repositório de dejetos e ondas que poluem de forma invisível, mais que superfície por onde aviões circulam com velocidade e segurança desconhecidas nos tempos das grandes navegações. Num âmbito de fluxos menos extensos, muitas das formas de circulação existentes nas cidades sobrevivem, mas geram um paradoxo típico dos tempos atuais: sobrepõe estruturas cada vez mais marcadas pela imobilidade de matérias que não se acomodam nos espaços cada vez mais exíguos existentes a sistemas informacionais transmitidos por tramas imateriais que sugerem lugares outros, de circulação fluída e peso volátil.

O surgimento desta cidade que (para recuperar a figura criada por Maria Stella Bresciani, conforme artigo citado por Nelson Brissac) parece monstruosa remonta ao início do século XIX. Em Paisagens Urbanas, Brissac explica como foi então “que o homem se defrontou pela primeira vez com a cidade como algo portentoso. Não apenas por ser o palco das duas mais intensas experiências modernas, a máquina e a revolução, mas também por causa da majestade do cenário”. Brissac descreve esta cidade monstruosa como acúmulo de espaços que passam a ser percebidos “com a imponência natural às florestas, despenhadeiros e mares, com as feições dos infinitos e eternos horizontes”, produzindo um espanto que “reforça tanto a possibilidade de profunda alienação quanto a de sublime intensidade”. Mas este fluxo construído entre o impedimento e o deslumbre, típico do momento de rápida ampliação das malhas urbanas, não vai gerar apenas as metrópoles (e os subúrbios), mas também configurar-se como vértice do esfacelamento que multiplica a cidade em espaciliadades heterogêneas, algo acentuado pela malhas eletrônicas e digitais da passagem do século XX ao XXI.

Em Paisagens Pós-Urbanas, Massimo Felice define esse lugar, crivado por sistemas informacionais a partir da chegada da mídia de massa, como um cenário difuso. Para ele, “habitar a cidade tornou-se mais que uma atividade de gestão topográfica de espaços e de gestão arquitetônica de estruturas públicas”. Felice considera que a “metrópole foi, com efeito, desde a sua primeira versão industrial e européia, o lugar da criação de um novo tipo de espacialidade, resultado das manipulações eletrônicas, e de uma nova forma de habitar, marcada pela mobilidade e pela migração da própria paisagem. Mais do que uma extensão arquitetônica, a metrópole industrial surge como um pólo de comunicações integradas em circuitos informativos, de espaços luminosos e de trajetos de consumos performáticos”.

Há aspectos de continuidade e descontinuidade, no desenrolar desta história. Em Nomadismo Sedentário, Guilherme Wisnik discute os diferentes tipo de mobilidade existentes na segunda metade do século XX. E pergunta, “o que liga ou separa os dois momentos?” Para Wisnik, em “meio ao clima utópico dos anos 60 – entre ingênuo, irônico e libertário –, o impulso nômade pressupunha uma clara decisão individual, como um desgarramento voluntário em direção a uma vida alternativa: despojada, pré-fabricada, meio science fiction”. Em contraponto, ele considera que hoje “esse impulso parece generalizado e difuso, vindo a constituir não um vetor de fuga, mas o próprio ser da cidade contemporânea. Contexto no qual a ideia de mobilidade, que remete originalmente a uma condição transitória, se vê, no entanto, fixada em estado de permanência”. Em síntese, apesar de parecer um paradoxo, esta condição contemporânea seria correspondente, para o autor de Estado Crítico, a um “nomadismo sedentário”.


A Flow House foi desenhada a fim de manter os materiais em metabolismos biológicos e tecnológicos, fornecendo todo tipo de informação, desde a seleção dos produtos até estratégias de desmontagem, tanto no nível da construção quanto do produto. O leque de materiais é composto de produtos e materiais que envolvem os princípios Cradle to Cradle.

Um aspecto menos evidente desta passagem é a crescente desestabilização do tecido urbano a ele atrelado. O tema surge em entrevista concedida pela urbanista Raquel Rolnik à revista Fórum (edição nº 82, publicada em janeiro de 2010). Rolnik aborda o tema da mobilidade de forma ampla e complexa, ao tratar o planejamento urbano como um processo que depende de políticas públicas historicamente determinadas. Rolnik coloca em perspectiva histórica o problema do deslocamento, que atualmente tem sido tratado de forma bastante restrita em função da assossiação imediata com as possibilidades de mídias portáteis, transformadoras dos processos de comunicação ao permitirem o acesso às redes digitais em situações de trânsito. A abordagem que a urbanista propõe permite entender como as opções por determinadas formas de fluxo tem implicações sociais amplas, de onde se pode concluir que as possibilidades contemporâneas de fluxo imaterial podem ser férteis em termos de redesenho das metrópoles cada vez mais saturadas e incontroláveis (desde que se considere as implicações políticas de seus usos, privilegiando escolhas que sejam capazes de criar agendas positivas para as cidades do futuro).

Rolnik afirma que as “duas coisas estão relacionadas, o tema da mobilidade como o da fragilidade socioambiental das nossas cidades”. Ela considera que ambos estão diretamente relacionados “a um modelo de desenvolvimento urbano que, ao contrário do que o senso comum considera, representa opções de políticas públicas adotadas pelos governantes brasileiros e pelo poder constituído ao longo da sua história. Esse modelo não decorre de falta de planejamento, mas sim da presença de um planejamento voltado para determinados objetivos, que foi desenhado para atingir metas e interesses”. Neste sentido, vale discutir alternativas a este planejamento, tendo em vista a saturação e o esgotamento de alternativas que parece marcante em várias megalópoles globais, entre elas São Paulo.

Saskia Sassen detalhas as características destes centros urbanos fissurados, em Global Networks, Linked Cities. “Há pouca dúvida que conectar os circuitos globais trouxe um nível significativo de desenvolvimento e expansão das áreas urbanas centrais e das grades metropolitanas de nós financeiros, assim como um dinamismo econômico considerável. Mas várias formas de desequilíbrio mantiveram-se irreduzidas; ao contrário, todos esses capítulos mostram a crescente fragmentação espacial mesmo quando há um dinamismo econômico e aprimoramento urbanístico de áreas em expansão dentro destas cidades e regiões”.

Este paradoxo entre desenvolvimento de certos aspectos da cidade em detrimento de outros resulta em conjuntos de desigualdades muitas vezes brutais, e transforma radicalmente a experiência de viver em cidades no início do século XXI. Um aspecto do urbanismo contemporâneo que parece buscar formas alternativas a este planejamento voltado para o progresso, que levou ao esgotamento das megalópoles, é a busca por formas sustentáveis, e soluções que incorporam tecnologias emergentes. Um exemplo é o conceito de Flow Houses, proposto por William McDonough. A proposta reflete a visão da Make It Right Foundation, de casas de alta qualidade de design, saudáveis e seguras. São projetos de arquitetura inspiradas no paradigma de um ciclo de industrialização que não gere obsolescência, denominado “do berço a berço” pelo próprio McDonough e William Braumgart no livro Cradle to Cradle – Rethinking the Way We Make Things. Seu design celebra o movimento de luz, sombra, ar e água como formas de conectar a família com sua comunidade e o mundo natural.

Conforme descrito no site da McDonoughPartners, a Flow House é adequada ao clima quente e úmido da costa do Golfo. É uma estrutura arquitetônica inspirada em tipologias vernaculares, plena de espaços frios e sombras, que propiciam uma ventilação passiva. A sala de estar estende-se inteiramente do ‘dogtrot’ à varanda frontal. O design possibilita vistas da parte de cima e de baixo da rua, favorecendo assim uma comunidade mais segura e conectada. O objetivo é construir uma casa que estabelece algumas sinergias com as condições climáticas de seu entorno, de forma a gerenciar as demandas por energia. Um dos temas desenvolvidos em Cradle to Cradle é justamente como pequenos ajustes estruturais na forma de construir permitiriam economias significativas de recursos, sem grandes perdas de conforto. A filosofia do livro é buscar soluções ecologicamente signifativas que, todavia, não desestimulem o usuário com características pouco atraentes.


Primal Source: “Alguns dos modos geram “criaturas” cujas cores, formas e movimento reagem à frequência e amplitude de sílabas individuais e frases capturadas; outros modos respondem à fenômenos coletivos mais amplos, como, por exemplo, uma grade que distorce em resposta ao volume da multidão”

O tema do futuro urbano sustentável é tratado de forma ampla por Matt Hern, em Common Ground in a Liquid City: Essays in Defense of an Urban Future. No livro, Hern defende o argumento de que “um futuro sustentável tem que ser um futuro urbano, mas numa verão diferente: um mundo no qual os recursos e os espaços são divididos igualitariamente, onde as decisões são tomadas de forma coletiva pelas pessoas afetadas por elas, onde diferenças (de cultura, opinião, idade, cor, raça, gênero ou orientação sexual) são celebradas e onde se aprende a viver com menos, a fim de tirar o melhor proveito do espaço disponível. É uma imagem do futuro urbano oposta à dispersão, às oportunidades de investimento, às McMansões e aos caprichos do capital global. Trata-se de se tornar, como coloca Gustavo Esteva, “um citadino, um habitante, um cidadão real – e não apenas um residente, um consumidor de residência”.

Apesar dos exemplos ainda serem raros, há algumas cidades que permitem examinar quais as perpectivas em termos de futuros urbanos sustentáveis, a partir do uso de tecnologias informacionais ou soluções que pretendem minimizar o impacto ecológico. Em Yesterday’s tomorrows: notes on ubiquitous computing’s dominant vision, Genevieve Bell e Paul Dourish citam o caso do Programa de Serviço Civil de Computadorização, em Singapura: “nos primórdios dos anos 1980, passando pelo Plano Nacional de TI em meados da década de 80, até o atual masterplan IT2000, Cingapura propicia um estudo de caso instrutivo de política nacional de gerenciamento de computadores. Cada plano nacional requer, de alguma forma, uma série de diferentes políticas, a fim de que sejam atingidos seus respectivos objetivos”. Não se trata tanto de um programa de sustentabilidade, mas configura-se como um bom exemplo de democratização das tecnologias de informação, em situação semelhante às bem-sucedidas estratégias de implementação de redes públicas no Rio de Janeiro, onde morros como o Santa Marta já tem conexões sem-fio disponíveis de forma ampla.

Estas visões de futuro das cidades também permeiam o imagiário criativo contemporâneo. Um projeto que lida com questões emergentes nos espaços urbanos é Hertzian Rain, de Mark Shepard. É uma estrutura de evento projetada para despertar uma consciência maior em relaçao a assuntos que giram em torno da topografia sem fio dos ambientes urbanos, através de conversas telemáticas baseadas nos movimentos de som e do corpo. Assim como os outros aspectos do mundo físico, como a terra, a água e o ar, o espectro eletromagnético é um recurso limitado.

O projeto de Shepard retoma questões discutidas em The Tragedy of the Commons. No livro, Garret Hardin, ilustra o dilema em que indivíduos múltiplos atuam de forma independente, em defesa de seus próprios interesses, podendo, por fim, destruir um recurso dividido, mesmo quando todo mundo sabe que isso nao é do interesse de ninguém a longo prazo.

Mais voltado para as possibilidades de inserção de acontecimentos mediatizados em áreas urbanas específicas, o Subtlemob tem desenvolvido diversas performances com recursos de realidade aumentada. Em As if it were the last time, o público foi convidado a baixar um arquivo mp3 e ouvi-lo em uma locação secreta, em uma hora específica. Conforme a descrição publicada no site do grupo, a “trilha sonora, especialmente composta, continha narrações e instruções. Dois arquivos MP3 estiveram disponíveis, de forma que o público foi dividido pela metade. Enquanto um grupo era instruído a representar uma única cena, o outro grupo ouvia tudo como se aquilo fosse a cena de um filme, embora pudesse, na verdade, ver que aquilo acontecia de fato a seu redor”.

Um projeto que explora um caminho intermediário é Primal Source, de Usman Haque. Ao mesmo tempo que propõe uma situação de sobreposição entre elementos mediados e espaço físico, o projeto estimula a participação coletiva, neste caso numa escala sem precedentes no caso de uma experiência pública nas vertentes que cruzam artes, design e audiovisual. O projeto foi realizado próximo a um Pier na praia de Santa Monica (California, EUA), como parte do Glow 8. Foi criado um espaço sensível aos sons vindos do público, por meio de diferentes módulos que respondiam ao ruído ambiente gerando paisagens visuais abstratas. Quanto mais alto o volume, mais rápida a resposta.

O sistema foi montado com 8 microfones colocados em frente a um cenário cuja preparação durou vários dias, combinando telas de água para projeções externas de grande escala com sistemas para projeção volumétrica baseados em fumaça. O resultado, conforme o site do projeto, é uma “instalação com aspecto de miragem brilhante, com cores e padrões em ebulição criado em resposta à competição e colaboração de vozes, música e gritos de pessoas presentes na área”.

Trânsito sem precedentes: as megalópoles são espaços em que o fluxo estanca de forma caótica, invertendo sinais ao transformar as cidades em imagens de uma forma de lentidão contemporânea que satura a paisagem supostamente ágil e veloz atreladas às metrópoles modernas.

Ruas e mais ruas: o que o pensamento contemporâneo tem a dizer sobre as cidades

“Na última década, uma das palavras mais usadas nos debates e exposições ligados à cidade tem sido mobilidade. Em geral, associada à plena difusão e aceleração das comunicações (telefonia móvel, Skype, computadores portáteis, internet wireless, sistemas de localização por GPS, tudo isso e muito mais reunidos no iPhone), ao aumento exponencial do turismo e à queda de barreiras político-econômicas advinda com a flexibilização das economias nacionais e a globalização. O tema, no entanto, já deixara de ser novidade há aproximadamente 40 anos, desde que o homem conquistou o espaço sideral, as famílias de classe média lançaram-se com seus trailers numa vida on the road, os Beatles imaginaram o cotidiano dentro de um submarino amarelo e o grupo irlandês de arquitetos Archigram projetou cidades-robôs para se caminhar livremente sobre um território pós-atômico devastado (Walking City, 1964)”.
trecho de “O nomadismo sedentário”, de Guilherme Wisnik, texto publicado em Estado Crítico – À deriva nas cidade. São Paulo, Publifolha, 2009

“Em geral, a forma dos espaços urbanos deriva de vivências corporais específicas a cada povo – este é o meu argumento em Carne e pedra. Nosso entendimento a respeito do corpo que temos precisa mudar, a fim de que em cidades multiculturais as pessoas se importem umas com as outras. Jamais seremos capazes de captar a diferença alheia enquanto não reconhecermos nossa própria inaptidão. A compaixão cívica provém do estímulo produzido por nossa carência, não pela boa vontade ou retidão política /…/ A história pagã a respeito dessa verdade antiga converge para a experiência dos corpos nas cidades. Em Atenas, a ágora estimulava fisicamente as pessoas, ao preço de privá-las de um discurso mutuamente coerente; a Pnix garantia a continuidade do discurso e experiências de narrativa lógica, mas ali os indivíduos se tornavam vulneráveis à retórica. As pedras desses dois espaços urbanos impunham um estado de alternância, pois cada um deles era fonte de uma insatisfação que só o outro resolvia – o que gerava ainda mais inquietação”.
trecho de “Corpos Cívicos”, de Richard Sennet, texto publicado em Carne e Pedra – O corpo e a cidade na civilização ocidental. Rio de Janeiro, Edições BestBolso, 2008

“Falavam de Paris como la ville qui remue – a cidade que não para de se mover. Mas não menos importante do que a vivacidade deste desenho urbano é o poder indomável nos nomes das ruas, praças, e teatros, um poder que persiste face a toda destituição topográfica”.
trecho de The Streets of Paris, de Walter Benjamin, texto publicado em The work of the arcades, Cambridge e Londres, Belknap Press of Harvard University Press, 2004

“Alguns estudiosos da cidade falam de uma era pós-industrial, de uma cidade pós-industrial onde tempo e espaço são redefinidos. Nela não existe mais a necessidade de concentração, uma vez que sob o paradigma eletrônico-nuclear os terminais e bancos de dados podem estar dispersos pelo território. Por isso a cidade pode, pela primeira vez em sua história, não ser mais imã, rompendo seu impulso originário. Se isso correponde a um mundo transformado inteiramente em cidades, a um mundo sem cidades ou ao mundo depois das cidades, só o futuro poderá dizer.”
trecho de O que é cidade, de Raquel Rolnik, São Paulo, Brasiliense, 1994

 

Conectando algumas das Novas Configurações Urbanas
A seguir, uma seleção de links que permitem aprofundar as discussões sobre novas cartografias urbanas introduzidas no texto e na seleção de citações publicadas nesta edição da revista online do Vivo ARTE.MOV, que apresenta o tema do Festival em 2010

Common Ground in a Liquid City: Essays in Defense of an Urban Future
www.akpress.org/2009/items/commongroundinaliquidcity

Flow House, da McDonoughPartners
www.mcdonoughpartners.com/projects/view/flow_house

Global Networks, Linked Cities, de Saskia Sassen
books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=cSKFKN0T_isC&oi=fnd&pg=PR3&ots=YqDDGZc7bZ&sig=x__j2Oro5YLcSRUiegIkv969Zds#v=onepage&q&f=false

Handbook of Research on Urban Informatics: The Practice and Promise of the Real-Time City, organizado por Marcus Foth
www.vrolik.de/book/

Situated Technologies Pamphlets 6: MicroPublicPlaces
www.lulu.com/product/paperback/situated-technologies-pamphlets-6-micropublicplaces/6476407?productTrackingContext=center_search_results

Towards the Sentient City
www.sentientcity.net/exhibit/

Yesterday’s tomorrows: notes on ubiquitous computing’s dominant vision, de Genevieve Bell e Paul Dourish
www.ics.uci.edu/~jpd/ubicomp/BellDourish-YesterdaysTomorrows.pdf